domingo, 27 de março de 2016

HARRY ANDERSON

HARRY ANDERSON - Vão e ensinem a todas as nações

HARRY ANDERSON - Jesus ensinando as pessoas

Não é por coincidência que deixei para hoje, no domingo de Páscoa, para publicar sobre a obra e vida de Harry Anderson. Poucos artistas souberam, em todos os tempos, narrar a trajetória da vida de Jesus Cristo com tanta poesia e beleza. Os trabalhos sobre a vida de Cristo, elaborados principalmente para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, representam o ponto alto da obra de Harry Anderson, e fizeram dele um artista consagrado e um dos mais respeitados ilustradores americanos. Todas as ilustrações dessa matéria serão obras sobre a vida de Jesus.

HARRY ANDERSON - O que aconteceu com sua mão?

Em 1944, Anderson e sua esposa entraram para a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Um ano depois, a pedido de organizadores da igreja, ele fez sua primeira pintura de Jesus. A pintura de Anderson, retratando Jesus com crianças modernas, foi acusada de blasfêmia por muitas pessoas da época, mas acabou por ser impressa no programa de publicação da igreja, após um desejo da filha do editor, pois ela era a modelo sentada no colo de Jesus. Representações como aquela, trazendo Jesus para uma ambientação moderna, acabaram se tornando bastante populares. A partir desse momento, Anderson dividiu seu tempo entre ilustrações comerciais e religiosas. Ele fez cerca de 300 peças com temas religiosos para a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

HARRY ANDERSON - A entrada triunfal em Jerusalém

HARRY ANDERSON - Jesus rezando no Getsêmani

HARRY ANDERSON - A crucificação de Jesus Cristo

Harry Anderson nasceu a 11 de agosto de 1906 em Chicago, no estado americano de Illinois. Foi em 1925, quando tinha a intenção de ser um matemático, enquanto frequentava a Universidade de Illinois, que Anderson descobriu a sua vocação para o desenho e pintura. Apenas em 1927, ele começa a frequentar a Escola de Arte Siracuse, em Nova York, com o apoio do amigo artista Tom Lovell. Ambos tinham uma preferência especial para evoluírem dentro das Artes Clássicas.

HARRY ANDERSON - O batismo de Jesus

HARRY ANDERSON - Jesus convocando os pescadores

HARRY ANDERSON - Cura dos enfermos

Não eram tempos fáceis aqueles. A Grande Depressão, que teve seu ápice em 1929, deixava a vida difícil para todos, em qualquer atividade. Foi em 1931, que Anderson se formou e entrou no mercado de arte num de seus momentos mais críticos. Mas, em um ano ele já tinha ganhado o suficiente para se controlar e fazer novos planos para sua carreira. Conseguiu isso ilustrando para campanhas publicitárias em diversas revistas. No final daquele ano, ele já estava de volta a Chicago e já começava a construir uma carreira de respeito e com várias encomendas.

HARRY ANDERSON - Jesus abençoando as crianças

HARRY ANDERSON - Maria e O ressuscitado

HARRY ANDERSON- A ascensão de Jesus

Anderson casou-se com Ruth Huebel, em 1940. Ela era uma funcionária de seu edifício e posou para vários trabalhos seus naquela ocasião. Foi assim que se conheceram. Trabalhar com Haddon Sundblom, em seu estúdio, também foi muito proveitoso para Anderson. Ele tinha influências no mercado e Anderson soube aproveitar muito bem delas.

HARRY ANDERSON - Jesus Cristo ordenando os apóstolos

A década de 1960 foi relativamente especial na vida de Anderson. Foi nela que iniciou uma parceria com a Exxon Oil (Esso), fazendo vários trabalhos para ela. Foi também nessa década, que ele foi contratado para fazer uma série de trabalhos para a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Igreja SUD). Uma de suas primeiras cenas, fez sucesso imediato em um pavilhão da igreja, exibida numa exposição mundial em Nova York, em 1964. Tratava-se de uma cena de Jesus ordenando seus apóstolos. Após o sucesso imediato daquela apresentação, ele fez mais diversos trabalhos para a Igreja SUD. Muitos desses trabalhos foram ampliados e são hoje exibidos na Praça do Templo de Visitas e no saguão do Edifício de Escritórios da Igreja, em Salt Lake City, no estado de Utah. Quase todas as capelas e templos dessa igreja, em todo o mundo, utilizam dessas imagens em suas decorações, além de serem amplamente divulgadas em materiais impressos e on-line.


                                   
HARRY ANDERSON - Referência fotográfica para trabalhos

Centro de Visitas Mormon, em Salt Lake City, Utah

O artista não limitava aos temas religiosos e comerciais. Também produziu diversas obras com temas da vida do oeste americano, para galerias e coleções particulares. Dedicou praticamente todos os anos das décadas de 1970 e 1980 para isso. Ao longo de sua carreira, recebeu inúmeras premiações e no ano de 1994, foi incluído no Society os Illustrators Hall off Fame, uma espécie de Hall da fama da ilustração americana, um dos mercados mais concorridos para esse tipo de trabalho. Naquele momento, ele se juntava a nomes consagrados como Norman Rockwell, James Montgomery Flagg e NC Wyeth.

Harry Anderson faleceu a 19 de novembro de 1996, aos 90 anos de idade. É um dos nomes de maior respeito na arte dos Estados Unidos.



domingo, 20 de março de 2016

VELÁZQUEZ

VELÁZQUEZ - A forja de Volcano - Óleo sobre tela - 223 x 290 - 1630 - Museu do Prado, Madri

VELÁZQUEZ - A velha cozinheira
Óleo sobre tela - 99 x 128 - 1618 - Galeria Nacional da Escócia, Edimburgo

Dentre as muitas atribuições para a palavra “mestre”, talvez a mais louvável seja aquela que define como “alguém que ensina”. Curiosamente, Velázquez nunca deu aulas e nem teve seguidores enquanto vivo, mas, a importância de sua obra é tão relevante e grandiosa, que se tornou um mestre natural posterior à sua morte e mais evidente ainda, séculos após ela. Muitos artistas de renome se deixaram influenciar pela leveza de suas pinceladas e pelo equilíbrio que conseguia em suas composições. Muito mais importante que a qualidade técnica que desenvolveu para produzir suas obras, foi o cuidado dispendido a todos os personagens que retratava. Reis, rainhas, anões, bufões, figuras da rua, camponeses... Todos eram retratados com dignidade e decência. Essa talvez tenha sido a lição mais importante que todas as gerações de artistas posteriores a ele aprenderam.

VELÁZQUEZ - A coroação da Virgem
Óleo sobre tela - 178,5 x 134,5 - Entre 1635 e 1636

A lista de artistas renomados que reverenciaram o gênio incontestável de Velázquez é grande e começou a crescer mesmo desde o final do século XVIII. Nomes como Gustave Courbet, Édouard Manet, Whistler, Thomas Eakins, Sargent, Francis Bacon, Picasso e Dali, são apenas alguns dos que vem imediatamente à cabeça, de uma extensa lista de artistas que tiveram Velázquez como referência em algum momento de suas carreiras.

VELÁZQUEZ - O triunfo de Baco
Óleo sobre tela - 165 x 225 - 1628 x 1629 - Museu do Prado, Madri

VELÁZQUEZ - O aguadeiro de Sevilha
Óleo sobre tela - 106,7 x 81 - Entre 1618 e 1622

Diego Rodríguez de Silva y Velázquez era filho de nobres empobrecidos e nasceu nos primeiros dias de junho de 1599, em Sevilha, na época a cidade mais rica da Espanha, devido ao seu movimentado porto. Dando mostras de inclinação à pintura desde cedo, a sua infância foi breve. Ele logo foi incentivado pelo pai a estudar nas melhores escolas e, já aos 12 anos, iniciava os estudos em pintura, primeiro com Francesco de Herrera, conhecido como "el Viejo", e depois com Francisco Pacheco. Embora não tenham se tornado artistas muito renomados, foram importantes nessa fase inicial de Velázquez, pois desenvolveram nele o gosto pelas ideias intelectuais do Renascimento.

VELÁZQUEZ - Felipe IV, a cavalo - Óleo sobre tela - 303 x 317 - até 1635

VELÁZQUEZ - Cristo crucificado
Óleo sobre tela - 248 x 169 - Até 1632

Em 1618, com apenas dezenove anos, casou-se com Juana Pacheco, filha de seu último professor. Ela tinha apenas 15 anos, e nos próximos 42 anos que se se seguiram em sua companhia, foi sempre uma fiel companheira. Precoce ao demonstrar talento para as artes, como sempre, Velázquez mudou-se para Madri ainda muito jovem e, aos 24 anos, já assumia o cargo de pintor oficial da corte do Rei Filipe IV. Viver entre a realeza foi importante, porque lhe trazia estabilidade e conforto, mas também lhe privava o tempo para produzir tudo o que queria. Velázquez não ficava apenas pintando, ele possuía atividades diversas dentro do palácio, desde responsabilidades pela decoração, hospedagem e cerimoniais diversos. Ocuparia essa função até o fim da vida, o que lhe daria condições de viajar e trabalhar com uma certa tranquilidade.

VELÁZQUEZ - Adoração dos Reis Magos
Óleo sobre tela - 203 x 125 - 1619

VELÁZQUEZ - Bufão com livros - Óleo sobre tela - 107 x 82 - Até 1644

Uma das coisas mais comuns na vida de um artista é o conflito existencial, que coloca em xeque o que ele é como pessoa e o que gostaria de transpor para sua obra. Fenômeno raro na trajetória de um artista, esse tipo de conflito nunca fez parte da vida de Velázquez. Pessoa de temperamento completamente afável, trabalhou toda a sua vida em completa felicidade e harmonia. Como não podia correr para produzir seus trabalhos, devido suas outras funções, esmerou-se ao máximo para produzir bem aquilo que conseguia. Prova disso é a sua pequena produção: menos de 150 telas suas chegaram aos nossos tempos e acredita-se que não tenha produzido mais de 200 em toda a sua vida.

VELÁZQUEZ - Marte
Óleo sobre tela - 179 x 95 - Até 1638

A amizade com o pintor Rubens, em 1628 , quando este visitou Madri, foi crucial em sua carreira. Juntos, trocaram ideias sobre trabalhos do Renascimento italiano e conversaram sobre mitologia, o que aumentou o desejo de Velázquez de conhecer a Itália, terra de pintores que exerceram grande influência sobre ele, como Caravaggio, Ticiano, Tintoretto e Veronese. Dessas conversas, e com permissão de Felipe IV, Velázquez viajou para a Itália no ano seguinte, passando por cidades como Gênova e Veneza, até chegar em Roma, onde ficou lá por cerca de um ano. De Roma partiu para Nápoles. Especula-se que ele tenha feito vários trabalhos nessa época, mas, apenas duas obras chegaram aos nossos tempos, “A Túnica de José” e “A Forja de Volcano”. Essa fase da vida de Velázquez é considerada como o período de verdadeira educação artística em sua carreira. A cor e a luz ganharam consistência e o realismo detalhado de seus trabalhos iniciais cederam espaço para mais leveza e audácia técnicas. Em 1631, retornava para Madri um artista ainda mais influenciado pelos renascentistas e pela arte clássica e começa ali um período especial em sua vida.

VELÁZQUEZ - A Rendição de Breda - Óleo sobre tela - 307 x 367 - Até 1635

Velázquez retomou suas funções e deu início à fase mais produtiva de sua carreira, marcada não apenas pelos retratos de personagens da corte, mas também por trabalhos com temas variados. Fez diversos retratos equestres de Felipe IV, para o Palácio do Bom Retiro e sua única obra com tema histórico, "A Rendição de Breda" (1634). Também conhecida como "As lanças", a obra é considerada por grande parte dos críticos como a mais perfeitamente equilibrada do artista. Também produziu trabalhos religiosos e profanos e retratos de bobos da corte. A ascensão para um cargo administrativo, em 1643, também trouxe pontos favoráveis para sua obra. Conseguia um pouco mais de tempo para produzi-las.

VELÁZQUEZ - As meninas - Óleo sobre tela - 318 x 276 - 1656

Em 1649, Velázquez fez uma segunda viagem à Itália, desta vez com o objetivo maior de comprar pinturas de Ticiano, Tintoretto e Paolo Veronese e esculturas, para o acervo do Palácio Real. E também para manter-se a par da evolução da arte italiana. Pintou três importantes trabalhos nesse período, incluindo o famoso retrato do Papa Inocêncio X. Mas, nem tudo foi só glória nessa sua nova fase italiana. Ele também teve um caso, resultando em um filho ilegítimo que atrasou consideravelmente seu retorno à Espanha, para grande desgosto do rei. Ele ficaria ali até 1651, para resolver toda essa situação. Em 1650, tornou-se membro da Escola de Arte Romana. Na Itália, foi nomeado membro das academias romanas de São Lucas e dos Virtuosos do Panteão.

VELÁZQUEZ - As fiandeiras - Óleo sobre tela - 220 x 289 - Entre 1655 x 1660

De volta a Madrid em 1651, foi encarregado da decoração de todos os palácios reais, mas prosseguiu com seus trabalhos de pintura, embora em ritmo menos acelerado. Produziu vários retratos e por volta de 1655, pintou o primeiro quadro na história da arte dedicado ao trabalho, "As fiandeiras". Em 1656, pintou "As Meninas", composição de extrema complexidade que culmina a série dos quadros da corte. É a síntese de seu realismo e de seu idealismo, tanto no sentido das proporções ideais como no do espírito aristocrático. Em dezembro de 1659, Velázquez adquire o título de Cavaleiro da Ordem de Santiago, uma de suas mais caras ambições. Dessa data em diante, passa a ser chamado de Don Diego Velázquez. Ele viria desfrutar dessa posição privilegiada por pouco tempo, pois falece no dia 6 de agosto de 1660, na bela Casa do Tesouro, em Madri.
Com Velázquez, brilham os últimos anos dourados da Espanha. À partir dali, toda pompa e poder caem em profunda decadência.

VELÁZQUEZ - Autorretrato
Óleo sobre tela - 45 x 38



domingo, 13 de março de 2016

ADOLF EBERLE

ADOLF EBERLE - Jantar do papai - Óleo sobre painel - 48,2 x 63,5

ADOLF EBERLE - A carta de amor
Óleo sobre painel - 39,5 x 33 - 1914

ADOLF EBERLE - Como as coisas realmente eram - Óleo sobre tela - 78,7 x 109,2 - 1867

O estilo Biedermeier é considerado como um período transitório entre o Neoclassicismo e o Romantismo, com influência regional em países europeus como Alemanha, Áustria, norte da Itália e países da Península Escandinava. Reverenciado por uma burguesia decadente, consequência do empobrecimento econômico que se estabeleceu em várias partes da Europa, por causa das infindáveis guerras napoleônicas, teve um momento de destaque relativamente pequeno, entre 1825 e 1835, mas encontrou muitos outros artistas adeptos a ele até períodos bem mais tardios. Adolf Eberle é um dos últimos artistas remanescentes desse estilo, mesmo em décadas posteriores.

ADOLF EBERLE - Alimentando as ovelhas - Óleo sobre tela - 50,5 x 63,5

ADOLF EBERLE - O queridinho - Óleo sobre tela

ADOLF EBERLE - Alimentando os cães - Óleo sobre tela

Vários fatores tiveram uma importância fundamental sobre os artistas do século XIX. As muitas mudanças políticas durante e depois do período napoleônico, a crescente onda da industrialização que se estabeleceu em todo território europeu e principalmente o desejo por governos de unidades nacionais, foram fatores que mexiam constantemente com as manifestações expressivas de cada artista, fazendo surgir correntes estilísticas próprias e despertando em todos eles um desejo de ruptura por tudo que fosse imposto e taxativo. Embora o estilo Biedermeier fosse ridicularizado, como uma tendência resistente às novas aspirações estilísticas que nasciam em todos os cantos da Europa, ele é visto hoje como uma manifestação regional muito importante, que expressava a realidade de uma época e evocava a manutenção das tradições, mas com uma liberdade sincera e simples.

ADOLF EBERLE - A visita do caçador - Óleo sobre tela

ADOLF EBERLE
Cena de família com jovem mãe, criança e cão
Óleo sobre painel

ADOLF EBERLE - Diversão musical numa taverna alpina - Óleo sobre tela - 1914

Adolf Eberle nasceu a 11 de janeiro de 1843, na cidade de Munique. Seu pai, Robert Eberle, também foi um artista da Baviera, especializado na pintura de animais. Adolf Eberle estudou na Academia de Artes de Munique, sob os ensinos de Karl von Piloty, iniciando por ali em 1856. Concluiria seus estudos fundamentais em 1860 e já no ano seguinte, conseguia sucesso em sua primeira exposição, com uma obra que chamava a atenção, denominada “A hipoteca da última vaca”. A pintura de gênero tornaria o seu tema predileto, por toda sua carreira, voltando o olhar principalmente para os agricultores e caçadores das regiões da Bavária e do Tirol.

ADOLF EBERLE - Família num celeiro
Óleo sobre tela - Coleção particular

ADOLF EBERLE - O intruso - Óleo sobre tela

ADOLF EBERLE - Novos moradores
Óleo sobre tela - 45 x 54

Uma característica era comum a todos os trabalhos de Eberle: grande habilidade técnica. Como acontece com a maioria dos pintores de sua época, há uma preferência por cenas bem humoradas e climas onde imperam a tranquilidade e o desejo de paz. Por toda a Alemanha, as cenas despojadas de Eberle se tornaram muito queridas e requisitadas. Sua habilidade fenomenal em retratar cenas aparentemente corriqueiras, combinava o idílio rural e o anseio por um mundo idealizado. Desde sua primeira exposição, ocorrida no Palácio de Vidro em Munique, logo elas se tornaram cenas procuradas nas galerias de arte de Hamburgo, Karlsruhe e Bautzen, sendo também reproduzidas em gravuras, xilogravuras e fotografias.

ADOLF EBERLE - Uma lição interrompida
Óleo sobre tela - 86,3 x 116,8 - 1870

ADOLF EBERLE - Uma caça bem sucedida - Óleo sobre tela

ADOLF EBERLE - A família de dachshund - Óleo sobre tela

Depois de passar longos períodos retratando cenas de guerra, Eberle voltou sua atenção para as cenas camponesas, que o tornariam famoso e requisitado. Continuava com a habilidade de fisgar o espectador e conquistar admiradores inclusive fora da Alemanha. Prova disso foi uma medalha recebida em uma exposição em Viena, na Áustria.

Adolf Eberle morreu a 24 de janeiro de 1914, em Munique. Após sua morte, recebeu como homenagem o nome de uma importante rua da cidade: a Eberlestraße.

ADOLF EBERLE - Uma excitante história de caçador - Óleo sobre tela - 1886

ADOLF EBERLE - Retorno da caça - Óleo sobre tela - 57 x 69

ADOLF EBERLE - Dois caçadores fumando - Óleo sobre tela