quinta-feira, 23 de julho de 2015

ALEXANDER KOESTER

ALEXANDER KOESTER - Seis patos nas margens de um lago - Óleo sobre tela - 63 x 78 - 1908

ALEXANDER KOESTER - Patos na margem de um rio
Óleo sobre tela - 55 x 82,5

ALEXANDER KOESTER - Limpando as penas
Óleo sobre tela - 54 x 82 - 1932

É louvável a determinação de artistas que escolhem para si uma temática, que os identifica por toda a vida. Fazem dessas temáticas um ideal e encarnam nelas todas as suas propostas e desejos. Os patos foram os símbolos de toda uma vida de dedicação do artista Alexander Koester. Ele via neles o maior aspecto de liberdade da natureza, de suas maneiras pacíficas de viver a vida e que por isso lhe inspiravam tanto. Chamava principalmente a atenção, o jogo de manchas de sol que lhes banhavam as penas e produziam efeitos surpreendentes na paisagem. Ficava horas assim, observando as muitas matizes que formavam, ora nas sombras profundas, ora no mais vibrante sol.

ALEXANDER KOESTER - Patos em um lago - Óleo sobre tela - 56,5 x 74,5

ALEXANDER KOESTER - Patos numa lagoa
Óleo sobre tela - 97,5 x 169,5

ALEXANDER KOESTER - Patos nadando
Óleo sobre tela - 78,7 x 130,6

O alto grau de naturalismo, que é marcante em seus trabalhos, é uma característica de muitos artistas do final do século XIX e início do século XX. Mesmo para os artistas que se deixaram influenciar pelo movimento impressionista, essa geração ainda teve muitos artistas que prezavam por um bom desenho e por uma representação convincente e digna da realidade que os cercava. Embora os patos sejam hoje a sua marca registrada e também sejam o maior volume de sua temática, ele dedicou os últimos anos de sua vida a pintar somente naturezas mortas e florais.

ALEXANDER KOESTER - Patos em um lago - Óleo sobre tela - 78 x 130

ALEXANDER KOESTER - Dois patos na água
Óleo sobre tela - 39 x 49,8 - 1900

ALEXANDER KOESTER - Patos pelo rio
Óleo sobre tela - 66 x 89

Alexander Koester nasceu em Neustadt, em 1864, uma montanha próxima a Colônia, na Alemanha. Sua primeira profissão foi a de boticário, que começou a exercer assim que deixou a escola, em 1882. Mesmo tendo sucessos em um exame para farmacêutico, em 1885, decidiu deixar a carreira e seguir as artes. Ainda nesse ano, matriculou-se na Academia Karlsruhe, sob os ensinos de Carl Hoff e Claus Meyer. Intercalava os dias de estudo naquela escola com muitas idas aos arredores de Inn e Oetztal, onde não cansava de produzir seus esboços do natural. Foi conquistando sua clientela e especializou-se também na pintura de retratos, que o mantinha financeiramente na profissão.

ALEXANDER KOESTER - O remanso
Óleo sobre tela - 97,5 x 124,5 - 1912

ALEXANDER KOESTER - Verão
Óleo sobre tela - 44,5 x 61,5 - Entre 1900 e 1910

Em 1891, Koester passou seu verão na pousada Lampl, de propriedade dos pais de sua futura esposa. Ali já havia se tornado o ponto de encontro de muitos artistas daquela região. Em 1893, casou-se com Isabella Kantioler. Concluído seu curso de artes, mudou-se com sua família para Klausen, onde começou um período muito produtivo de sua vida. Pintava diretamente da natureza, na mais nova tradição dos artistas de seu tempo. Os patos já haviam se tornado seu tema favorito e se ocuparia com eles pelos próximos 30 anos. Eles os retratou nos mais variados ângulos e situações e logo bem cedo já estaria conhecido como o "pintor dos patos". Sua fama com essa temática já havia atingido terras distantes e Koester já gozava de uma grande popularidade. Mesmo alugando um estúdio em Munique, para que seus trabalhos ficassem mais acessíveis a seus clientes, não abria mão de passar os verões no interior do país, inspirando e produzindo o máximo que conseguia nos dias quentes. Sucesso inevitável, o reconhecimento pela dedicação com sua temática, veio naturalmente com uma medalha de ouro na Exposição Mundial de St Louis, em 1904.

ALEXANDER KOESTER - Crisâtemos - Óleo sobre tela

ALEXANDER KOESTER - Arranjo com peônias
Óleo sobre tela - 62 x 75

A busca por se especializar em outras temáticas, levou Koester a viajar diversas vezes para o Lago Constança, onde começou a produzir grandes trabalhos, que tinham como foco principal a água e todas as suas possibilidades de expressão. Durante a Primeira Guerra Mundial, mudaria temporariamente para Diessen, onde ficaria até 1925.

Como um artista respeitado, Alexander Koester faleceu em dezembro de 1932, em Munique.

ALEXANDER KOESTER - Patos em um campo - Óleo sobre tela - 69 x 99,5

sexta-feira, 17 de julho de 2015

VILELA EM DOIS TEMPOS


Dois workshops marcarão a próxima passagem de Luiz Vilela pelo Brasil. Um no Plein Air Studio e outro no Atelier Valéria Fernandes, ambos na cidade de São Paulo.
Mineiro da cidade de Boa Esperança/MG, Luiz Vilela está radicado nos Estados Unidos desde 1995. Dentre as muitas formações de seu currículo, vale ressaltar as passagens pelo Pratt Institute NY, pelo The Arts Students League of New York e pelo Studio Incamminati, em Filadélfia. Cursos que foram somados a importantes workshops com os mais renomados artistas norte-americanos da atualidade, a citar alguns: Richard Schmid, David Leffel, Nelson Shanks, Robert Liberace, Jeremy Lipking e Daniel Sprick.
Nos folders abaixo, é possível encontrar maiores detalhes de como participar dos eventos:



Nas duas apresentações que fará no Brasil, Vilela abordará todo o seu processo de trabalho na elaboração de retratos, com ênfase para a Pintura Figurativa Contemporânea.
Suas demonstrações terão o patrocínio dos pincéis Rosemary & Co, Painéis de Pintura RayMar Art, Revista PleinAir Magazine, Palhetas NewWave Fine Arts Products, e Tintas Rembrandt.

O curso inclui KIT de materiais artísticos profissionais para todos os participantes.

Veja alguns de seus trabalhos:

LUIZ VILELA - Russ - Óleo sobre painel - 40,6 x 30,5

LUIZ VILELA - Cabeça do Jorge - Óleo sobre tela - 15,2 x 15,2

LUIZ VILELA - Silas - Óleo sobre tela - 30,5 x 22,9

LUIZ VIELA - Retrato de Rafael Montagnoli - Óleo sobre painel - 40,6 x 30,5

sábado, 11 de julho de 2015

UMA SEMANA DE TRABALHO


Nessa semana, recebi a visita do artista Ernandes Silva, na cidade de Dionísio. Residente em Piracicaba/SP há 11 anos; é lá que fundamentou sua carreira.
De fala fácil e grande competência artística, está sempre disposto a pintar e falar sobre arte em geral. Não se cansa! Foi um período bom pra colocar as conversas em dia e tirar um bom tempo para produzirmos algo. Entre algumas saídas para plein air e pinturas em ateliê, a semana se mostrou bastante proveitosa, como mostra a produção dele, ilustrada nessa matéria.



Pelas palavras do próprio Ernandes, a visita a Dionísio foi uma espécie de reencontro com a pintura ao ar livre, que havia ficado um pouco de lado nos últimos tempos. Focado na arte digital, nos meses anteriores, os trabalhos com óleo estavam esperando uma espécie de incentivo para aumentar o fôlego. Além de poder ir de encontro a uma paisagem diferente de sua rotina, teve a oportunidade também de socializar seus conhecimentos, com um workshop em Dionísio e outro em Timóteo.

ERNANDES SILVA - Uma noite de descanso - Óleo sobre tela - 25 x 30 - 2015

 
Esquerda: ERNANDES SILVA - Curva de rio - Guache sobre placa - 22 x 28 - 2015
Direita: ERNANDES SILVA - Curral - Óleo sobre painel - 25 x 30 - 2015

ERNANDES SILVA - Animais na estrada - Óleo sobre painel - 25 x 30 - 2015

 
Esquerda: ERNANDES SILVA - Caminho na Serra do Luar - Óleo sobre tela - 25 x 30 - 2015
Direita: ERNANDES SILVA - Serra do Luar - Guache sobre papel Fabriano - 20 x 30 - 2015

ERNANDES SILVA - Baixada do Barreiro - Óleo sobre painel - 14 x 25 - 2015

 
Esquerda: ERNANDES SILVA - Descida na Serra do Luar
Guache sobre papel Fabriano - 20 x 30 - 2015
Direita: ERNANDES SILVA - Paisagem com sumaúma florida
Guache sobre papel Fabrinao - 20 x 30 - 2015

ERNANDES SILVA - Cachoeirão
Óleo sobre painel - 30 x 25 - 2015

ERNANDES SILVA - Chegando em Dionísio
Óleo sobre tela - 25 x 30 - 2015


Fica o agradecimento por parte de todos daqui, por nos emprestar sua maneira de ver o mundo e coloca-la em sua arte. E que esse possa ser o início para outras futuras socializações e abertura para socializações com outros artistas.

DEMONSTRAÇÃO EM DIONÍSIO




DEMONSTRAÇÃO EM TIMÓTEO




domingo, 5 de julho de 2015

FIM DE SEMANA DE PLEIN AIR

Visita do Ernandes Silva a Dionísio. Haja material para plein air.

Nesse final de semana, recebi a visita do artista Ernandes Silva, da cidade paulista de Piracicaba. Aqui ficará aqui por mais uns dias e fechará a sua passagem pela região com um workshop de pintura, na cidade de Timóteo, no dia 10 de julho.
Tiramos esses dias para muitos exercícios ao ar livre. Aqui em Dionísio há uma variedade muito grande de cenários, todos muito especiais para exercitar pintura, desenho e fotografia.

PLEIN AIR NO CACHOEIRÃO

O Cachoeirão talvez seja o ponto turístico mais tradicional de Dionísio. Todos que passam por aqui deveriam conhecê-lo. Vários trechos do Ribeirão Mumbaça, próximos ao Cachoeirão, já dariam um exercício ímpar. Mas é a cachoeira em si, o ponto máximo da visita ao local. O local é uma espécie de santuário, um tanto mal conservado nos últimos tempos, mas, mesmo assim, com uma beleza que sempre encanta. Fizemos um rápido exercício por lá, na tarde de sábado, dia 4.


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ERNANDES SILVA - Cachoeirão
Óleo sobre prancha - 30 x 25 - 2015

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JOSÉ ROSÁRIO - Um remanso no Cachoeirão
Óleo sobre prancha - 20 x 30 - 2015

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PLEIN AIR NA BAIXADA DO BARREIRO


Esse é outro local do município, com uma beleza bem original. Localizada bem próximo à cidade, a Baixada do Barreiro é cortada pelo Ribeirão Mumbaça e é cercada por cadeias de montanhas variadas, seja pela serra que se inicia na localidade de Apaga-pito como na serra que faz limite com a localidade de Brejaúba, até atingir a localidade de Lage e Areias. Fizemos um pequeno estudo por lá na manhã de domingo. As condições meteorológicas não estavam muito propícias, pois variava bastante entre iluminação intensa e densas nuvens. Mas, todo aprendizado ensina!


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ERNANDES SILVA - Baixada do Barreiro - Óleo sobre prancha - 14 x 25 - 2015

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JOSÉ ROSÁRIO - Estudo de tronco - Óleo sobre prancha - 20 x 30 - 2015

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