quinta-feira, 27 de novembro de 2014

CARL JUTZ

CARL JUTZ - O galinheiro - Óleo sobre madeira - 17,2 x 22,9

Somente domínio técnico e paciência podem permitir que trabalhos de pequenas dimensões venham atingir um alto nível de qualidade, em qualquer que seja a técnica e o estilo empregados para concluir a obra. As pequenas dimensões de quase todos os trabalhos realizados por Carl Jutz confirmam que ele não era apenas um exímio pintor, que manipulava muito bem pincéis de pequenas dimensões, mas que também era um exímio observador. De nada adianta ser um pintor que domina todas as técnicas e efeitos se ele não for um bom observador, se não souber tirar um tempo para estudos e para a melhor composição da obra que irá realizar.

CARL JUTZ - O galinheiro - Detalhe 1

Na obra Galinheiro, Carl Jutz confirma todos os atributos de bom técnico e excelente observador. Na aparente distribuição aleatória das figuras, há todo um cuidado para o direcionamento de nosso olhar, realçados pela distribuição precisa dos coloridos e colocação correta dos tons, semitons e luzes. Isso é um fato a se destacar, pois grande parte dos artistas do final do século XIX, que realizava obras com animais, fazia estudos isolados dos mesmos e, às vezes, as obras executadas em conjunto dessas figuras careciam de uniformidade.

CARL JUTZ - O galinheiro - Detalhe 2

Como as dimensões eram reduzidas e o nível de detalhamento muito alto, muitos artistas daquele período faziam uso de lentes de aumento para a correta posição das pinceladas. Nesse trabalho e em vários outros do mesmo período, Jutz já havia alcançado um grande domínio no que se refere à anatomia dos animais, bem como em certas posturas e movimentos. Ele consegue identificar idades diferentes em membros da mesma espécie. Resultado de várias horas de observação. Atente para o olhar protetor da galinha com seus filhotes, bem como a posição dominante e imponente do galo.
Relatos afirmam que Jutz possuía um galinheiro nos fundos de sua residência e passava horas observando o comportamento e a anatomia dos animais de lá. Quando ia para o estúdio, também usava animais de pelúcia para fazer estudos de composição e rápidas captações de volumes.

CARL JUTZ - A grande família
Óleo sobre painel - 12,7 x 16,3 - 1916

CARL JUTZ - Patos em um canal
Óleo sobre painel - 13,5 x 17 - 1899


Carl Jutz nasceu em Windschlag, perto de Offenburg, Alemanha, em 1838, e se tornou um expressivo pintor da vida animal. Ele estudou no estúdio de A. Knipp de 1853 a 1859. Com a morte de seu mestre, tentou uma entrada na Academia de Munique, mas foi recusado. À partir daí, continuou seus estudos e pesquisas de maneira autodidata e obteve grande prestígio com a temática para a qual dedicou toda a sua carreira. Nos últimos anos de sua vida, foi aceito para o clube de arte Malkasten. Jutz faleceu em Pfaffendorf, perto de Coblenz, no ano de 1916.

CARL JUTZ - Família de patos num córrego - Óleo sobre painel - 32 x 40 - 1878

CARL JUTZ - Moradores do quintal - Óleo sobre tela - 37,5 x 48 - 1882


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

MICHAEL KLEIN

MICHAEL KLEIN - No ateliê - Óleo sobre tela

MICHAEL KLEIN - Mesa do jardim - Óleo sobre tela

Se fosse necessária uma definição rápida para as obras de Michael Klein, diria que elas são um convite ao silêncio. Há tempos não via um trabalho que inspirasse tanta contemplação! São diretos, incisivos, tecnicamente corretos e de um bom gosto ímpar. Há quem os julguem melancólicos, mas prefiro classifica-los como introspectivos. Para ilustrar essa matéria, escolhi apenas as naturezas-mortas, embora o artista tenha extrema facilidade de passear por temas variados. Para mim, esses trabalhos resumem com muita eficiência toda a sua capacidade técnica e habilidade de composição.

MICHAEL KLEIN - Amarelo, vermelho e branco - Óleo sobre linho

MICHAEL KLEIN - Peônias amarelas - Óleo sobre tela

Nascido na cidade americana de Minot, na Dakota do Norte, em 1980, o artista vive recentemente em Nova York. Foi o contato direto com a natureza do centro-oeste americano que lhe desenvolveu a observação apurada e o refinamento técnico proveniente dessa observação. Iniciou seus estudos artísticos aos 19 anos, com o artista Richard Whitney. Além de uma passagem por Minneapolis, teve a felicidade de concluir sua formação básica com ninguém menos que Jacob Colins.

MICHAEL KLEIN - Laranjas - Óleo sobre tela

MICHAEL KLEIN - A preparação - Óleo sobre tela

É agradável observar como suas pinturas refinadas surgem de fundos ásperos e densos, aparentemente mal pintados, mas que são perfeitos para uma base texturizada e de onde emergem todas as formas com muita sutileza. Para cada composição, percebe-se uma paleta intencionalmente reduzida, que valoriza os contrastes e esses criam um clima de muita introspecção. Muitas de suas obras ficam assim, com um ar de não terminadas, sugerindo ao observador completar mentalmente alguns de seus trechos ou simplesmente deixando que o mesmo perceba como foram surgindo, de fundos bem rudimentares.

MICHAEL KLEIN - Os últimos gravetos - Óleo sobre tela

MICHAEL KLEIN - Natureza-morta do jardim
Óleo sobre tela

MICHAEL KLEIN - Peixes - Óleo sobre tela

Além de Nova York, o artista possui também um ateliê na cidade de Buenos Aires, Argentina, terra natal de sua esposa. É dela também a parceria para a produção de uma revista americana voltada para o meio acadêmico artístico, a Video Magazine, criada em 2009. Seus trabalhos podem ser visualizados em seu próprio site (http://www.michaelkleinpaintings.com/), ou através da página que mantém no Facebook: https://www.facebook.com/kleinpaintings?fref=ts

MICHAEL KLEIN - Autorretrato
Óleo sobre linho

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CARMELO GENTIL

CARMELO GENTIL - Na Feira - Óleo sobre tela - 30 x 50

CARMELO GENTIL - Velas ao sol - Óleo sobre tela - 60 x 50

Por mais que a internet tenha evoluído para nos possibilitar sentir cada vez mais próximos do que está distante, muitas atividades ainda não correm o risco de serem substituídas pelo prazer conseguido ao vivo, no próprio local, sentindo e admirando algo. Admirar um quadro pelo monitor tem as suas praticidades e até algumas vantagens, mas admirá-lo ao vivo é insubstituível. Nas obras de Carmelo Gentil, isso é enormemente perceptível. Seus trabalhos tem texturas, cores e tridimensionalidades que um monitor jamais vai poder oferecer. Tive a oportunidade e felicidade de ver alguns de seus trabalhos no último Salão de Piracicaba e confesso que senti uma emoção única.

CARMELO GENTIL - Colheita - Óleo sobre tela - 24 x 41

CARMELO GENTIL - Metal com Flores
Óleo sobre tela - 60 x 40

Oscar D’Ambrosio encontrou a palavra exata para definir a obra de Carmelo Gentil: criador de atmosfera. Independente da temática e da técnica que venha a utilizar para realizar seus trabalhos, todos eles tem sempre aquela aura de mistério, como se nos escondessem algo que será revelado logo a seguir. E é isso que acontece! Ao viajar em seus trabalhos, logo ele nos revela um mundo de magia e que nos faz sentir bem. Admirar seus trabalhos (principalmente ao vivo) é uma aventura da qual não se consegue esquecer. Por um fator intrigante, sentimos bem diante deles. E mesmo muito tempo depois, continuam a transmitir isso em nossa memória.

CARMELO GENTIL - Veneza - Aquarela sobre papel - 18 x 24

CARMELO GENTIL - Riacho na mata - Óleo sobre tela - 30 x 40

Carmelo Gentil Filho nasceu em São Caetano do Sul, SP, em 1955. Pelas características expressivas e típicas do uso da luz em seus trabalhos, poderíamos classifica-lo com um pintor impressionista, se esse título não fosse restrito a um período histórico. Suas obras, todas elas, tem todos os elementos que remetem aos melhores artistas daquele movimento. Os primeiros passos na aprendizagem da arte foram dados na própria cidade de São Caetano do Sul, na Fundação de Artes da cidade, especialmente com cursos de esfumados em degradê com Marcos Galli Fiorilo e também cursos de desenho, pintura e composição, com Antônio Euclides Rios. Soma-se ao respeito adquirido pelo público técnico e especializado, um grande números de premiações (12 medalhas de ouro, 7 de prata e 7 de bronze) e condecorações diversas.

CARMELO GENTIL - Agora Um Café - Óleo sobre tela - 120 x 140

CARMELO GENTIL - Baixada Santista (vista da serra)
Óleo sobre tela - 120 x 140


Nos trabalhos de Carmelo Gentil pode-se perceber uma preocupação cuidadosa na elaboração da composição, sempre privilegiando a luz como um elemento decisivo em tudo. Massas escuras nos encaminham para pontos estrategicamente escolhidos e estudados. Na liberdade de seus traços, há um rigor quase geométrico de composição. Os tons austeros, típicos das melhores influências europeias, encarregam de fazer o resto. O resultado é realmente cativante, indescritível, tanto em palavras quanto nas imagens que ilustram essa matéria.


PARA SABER MAIS:





domingo, 16 de novembro de 2014

PETER BARKER

PETER BARKER - Próximo a Lyndon - Pastel sobre papel - 38,1 x 58,42

PETER BARKER - Por de sol - Óleo sobre tela - 45,72 x 66,04

Quase todas as terapias para relaxamento nos propõe transportar mentalmente para um lugar tranquilo, caminhar em relvas úmidas, sob uma luz morna e com brisa fresca batendo no rosto. Se possível, ainda dentro da mesma sessão, sentar tranquilamente nas margens de um riacho e mergulhar os pés num leito de água fria e pura. Ali ficar por um tempo e sentir a magia do lugar habitando tudo o que somos, revigorando cada centímetro de nosso corpo. E por lá ficar e não querer sair... Foi essa a sensação que experimentei quando encontrei pela primeira vez o site desse artista. A grande quantidade de ótimos trabalhos postados são, sem dúvida, uma verdadeira terapia para todos os sentidos.

PETER BARKER - Campos de feno - Óleo sobre painel - 35,56 x 50,8

PETER BARKER - Riacho - Óleo sobre painel - 30,48 x 43,18

Peter Barker nasceu em Banbury, uma pequena cidade de Oxfordshire, na Inglaterra, em 1954. Se pudéssemos definir resumidamente seu perfil artístico poderíamos dizer que é um pintor da natureza. Ele utiliza de várias técnicas (óleo, pastel, aquarela e acrílica) para explorar essa temática, que já se tornou uma marca registrada de sua carreira. Mike Lambert, da Marine House Gallery dá uma enxuta definição de Barker: “A versatilidade é a principal característica das pinturas de Peter Barker. Seu entusiasmo e pura habilidade em retratar paisagens em óleo e pastel são regularmente aumentados por paisagens marinhas. Estudos virtuosos de animais de fazenda, naturezas mortas, trabalho figurativo e, em particular, sua captação de cenas ribeirinhas, em todas as estações. Captura a qualidade atemporal da paisagem inglesa e os trabalhos são precisos, grandes e pequenos, tornando tudo visualmente muito atraente”.

PETER BARKER - Campo em neve - Óleo sobre painel

PETER BARKER - Uma curva de rio - Pastel sobre papel - 33,02 x 48,26

Podemos dizer que há uma herança genética nesse seu dom, uma vez que é filho de músicos e que esses sempre incentivaram o convívio do pequeno Peter com a natureza nas vizinhanças de sua cidade. Foi pela estreita relação com pássaros, peixes, borboletas e o convívio direto com a paisagem de sua região que nasceu esse gosto pela temática naturalista que desenvolveria em sua carreira adulta. O desenho e a pintura surgiram de forma natural em sua vida nesse período. Já bem jovem, aos 14 anos, tentou a carreira de golfe, caminho que percorreria pelos próximos 12 anos. Para o bem da arte, essa sua carreira esportiva se adormeceu e as grandes lembranças da infância retornaram como força motriz para o novo caminho que surgia. Embora tenha aprendido muita coisa de maneira autodidata, contatos iniciais com o artista Cesar Smith, foram de grande incentivo nessa fase. Em 1985, seus trabalhos foram aceitos pela Stamford Artists Gallery e daí em diante não pararam mais.

PETER BARKER - Fadas na floresta - Óleo sobre tela - 45,72 x 66,04

PETER BARKER - Reflexos em um barco amarelo - Óleo sobre painel - 30,48 x 43,18

Peter Barker não esconde a admiração que sempre teve por mestres do presente e que hoje são companheiros de exposições e representados até pelas mesmas galerias. Artistas como David Curtis, Peter Brown, Trevor Chamberlain, Harley Brown, John Lines e Richard Schmid são as suas maiores referências. A sua paixão pela paisagem britânica parece crescer a cada ano. Por vezes, volta ao mesmo local e o retrata exaustivamente, em horários e situações diferentes, numa atividade que nos pareceu tão comum a artistas como Monet e Sisley. A versatilidade de temas e técnicas tem sido uma de suas metas.

PETER BARKER - Entrega da tarde - Óleo sobre painel - 30,48 x 43,18

Muitos prêmios e condecorações foram dados a ele não somente na Inglaterra, mas também nos Estados e Unidos e Austrália. Suas muitas cenas de paz e tranquilidade ainda serão nossas inspirações por muitos anos!


PARA SABER MAIS:




segunda-feira, 10 de novembro de 2014

GIOVANNI BOLDINI

GIOVANNI BOLDINI - O cochilo - Óleo sobre painel - 14 x 18,4

GIOVANNI BOLDINI - No terraço
Óleo sobre painel - 29,8 x 17,4

GIOVANNI BOLDINI - Madame Rejane - Óleo sobre painel - Coleção particular - 1885

Resgatar os passos mais importantes da trajetória de um artista que sempre teve uma produção excelente não é uma tarefa muito fácil. Em se tratando de Giovanni Boldini, essa missão fica praticamente impossível. Impecável é o adjetivo mais suave com o qual podemos abrir o seu repertório de elogios, porque tudo nele é superlativo mesmo. É, sem exageros, uma das estrelas indiscutíveis da arte italiana do século XIX. O Centro de Estudos de Arte Moderna e Contemporânea em Milão, a GAMManzoni, está exibindo desde o dia 24 de outubro, uma retrospectiva com 40 obras desse artista, algumas delas nunca apresentadas ao público até então, provenientes de coleções particulares e guardadas a sete chaves pelos seus proprietários. Para deleite do público, a exposição seguirá até o dia 18 de janeiro de 2015.

GIOVANNI BOLDINI - A grande estrada para Combes-la-Ville
Óleo sobre tela - 69,2 x 101,4 - 1873

GIOVANNI BOLDINI - Lavadeiras - Óleo sobre madeira - 32,3 x 51,6 - 1874

GIOVANNI BOLDINI - Ônibus na Place Pigalle - Óleo sobre tela - 1882

Desde a histórica exposição sobre Boldini na Sociedade de Artes e Exposição Permanente, ocorrida há 25 anos em Milão, não se via tantas obras desse artista com tamanha qualidade de conjunto, apresentadas em um mesmo espaço. Intitulada “Parisien d’Italie”, a exposição tem como principal objetivo mostrar uma seleta parte da produção de Boldini feita em Paris entre os anos de 1871 e 1920, uma vez que ele viveu quase que exclusivamente por lá durante esse período. Merecem destaque algumas das várias obras comissionadas por Adolphe Goupil, todas muito ricas em cores e retratando muito bem a exótica e excêntrica moda da época. Destaque também são os vários retratos, principalmente de madames e celebridades daquele período. Boldini as retratava como ninguém e em seu ateliê faziam filas para conseguir uma encomenda. Ele era o artista preferido das aristocratas com mentalidades renovadoras.

GIOVANNI BOLDINI - A serenata - Óleo sobre tela - 41,3 x 34,4 - 1873

GIOVANNI BOLDINI - Mulher escrevendo (A carta)
Óleo sobre tela - 65 x 55 - 1873

GIOVANNI BOLDINI - Signora al pianoforte - Óleo sobre painel - 15 x 13 - Coleção particular

Giovanni Boldini nasceu em Ferrara, a 31 de dezembro de 1842 e era filho de um pintor de temas religiosos. Foi justamente sob as orientações de seu pai que desenvolveu o interesse pela pintura, em especial aos grandes mestres renascentistas e maneiristas. Já aos 20 anos de idade, Boldini era um consagrado pintor de retratos, quando resolve ir para Florença e se inscreve na Academia, cursando com E. Pollastrini e S. Ussi. Ele chegou a conhecer alguns pintores do movimento Macchiaioli, apesar de nunca estreitar muita amizade com eles, mantendo até certa distância. Bom ressaltar que os macchiaioli se assemelhavam muito aos impressionistas franceses e há até quem os equipare em termos de movimento. Enquanto os macchiaioli se restringiam somente à temática rural, os impressionistas não se limitavam a isso, muito pelo contrário, parecem ter sido bem mais citadinos do que campestres. Talvez por isso, por frequentar um ambiente mais burguês e urbano, Boldini se afeiçoou muito mais ao movimento impressionista, embora ele mesmo se julgasse um pintor realista.

GIOVANNI BOLDINI - A visita
Óleo sobre painel - 79 x 38 - 1874

GIOVANNI BOLDINI - No parque - Aquarela sobre papel - 38,7 x 30,7 - 1872

GIOVANNI BOLDINI - O despachante - Óleo sobre madeira - 42,5 x 34,3 - 1879

A visita à Exposição Universal de 1867, em Paris, leva Boldini a conhecer ícones do movimento impressionista francês como Degas, Sisley e Caillebotte, além de Manet e Corot, por quem tem grande admiração. Três anos depois vai também a Londres, onde faz cursos e se especializa nos retratos e caricaturas, com Gainsborough e Hogarth. Somente em 1871, chega a Paris decidido a se estabelecer por lá. Viveu e usufruiu da cidade no seu período mais glorioso, o da Belle Époque, e soube tirar proveito dele. Sendo representado pelo marchand Goupil, seus trabalhos logo caíram no gosto dos grandes colecionadores da cidade. Suas cenas de gênero tinham um tom anedótico, lembrando em muito as características composições estilísticas de Meissonnier e Fortuny.

GIOVANNI BOLDINI - Nu reclinado - Óleo sobre tela - 74 x 65 - Coleção particular

GIOVANNI BOLDINI - Senhora de casaco vermelho
Pastel sobre papel - 100 x 73 - 1878

GIOVANNI BOLDINI
Retrato de James Abbot McNeil Whistler
Óleo sobre tela - 170,5 x 94,4 - Brooklyn Museum

Boldini era o pintor de retratos mais elegante de Paris, um título cobiçado para o final do século XIX. A sua pintura nesse período era bastante impressionista e contemporâneos seus como John Singer Sargent e Paul Helleu, disputavam as encomendas mais nobres da cidade. Um episódio importante no final daquele século foi a sua nomeação como o comissário da seção italiana da Exposição de Paris, em 1889, atividade que lhe rendeu a Légion d’honneur como reconhecimento.

GIOVANNI BOLDINI - O retorno dos barcos de pesca, Etretat - Óleo sobre tela - 14 x 23,7 - 1879

GIOVANNI BOLDINI - Consuelo, Duquesa de Marlborough, com seu filho
Óleo sobre tela - 218,44 x 170,18 - 1906
Museu Metropolitano de Nova York

GIOVANNI BOLDINI - Conde Robert de Montesquiou
Óleo sobre tela - 1897

O artista continuaria com as mesmas atividades por todo o início do século XX, atendendo às suas encomendas de nobres colecionadores e vivendo em Paris, que já adotara há tempos. Chegou a ir para os Estados Unidos, atendendo encomendas de ricos colecionadores de lá.
Problemas com a saúde, principalmente um progressivo enfraquecimento da vista, reduziram cada vez as suas atividades e o tornaram mais recluso. O artista viria a falecer em Paris, a 11 de julho de 1931.

GIOVANNI BOLDINI - Autorretrato - Óleo sobre tela - 1892