terça-feira, 28 de agosto de 2012

POR DENTRO DE UMA OBRA - Frederick Morgan


FREDERICK MORGAN - Cena nos arredores da cidade - Óleo sobre tela - 111 x 176

Esta bela cena de Frederick Morgan sofreu, entre tantas outras, uma influência direta de seu pai, John Morgan.
Frederick Morgan casou-se com uma talentosa colega artista de nome Alice Havers e ambos pintavam frequentemente cenas de Londres, cenas domésticas e de interiores. Mas, o sucesso de paisagens rurais, obtido pelo pai, inspirou Frederick Morgan e sua esposa a mudarem para o interior. Alugaram uma fazenda em Surrey Gomshall e lá passaram os verões de 1875, 1876 e 1877. Muito diferentemente de hoje, essa região do Surrey era uma área pobre, e que por isso mesmo, atraía diversos artistas à procura de uma temática rural mais convincente e realista.
Temos aqui uma bela representação, com o pai na dura lida do dia, a mãe em seus afazeres cotidianos, crianças brincando e pessoas caminhando pelos arredores da cidade. Todos os componentes de uma típica representação rural do Naturalismo e Realismo ingleses. Cada trecho do quadro parece uma composição isolada, mas formam assim mesmo um belo conjunto entre si.
Frederick usava quase sempre seus filhos como modelos de suas composições. O garotinho brincando com o cão, no primeiro plano, é um deles.
Esse trabalho foi adquirido do artista pela Walker Art Gallery, em 1881.








segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A FORÇA DE UM CAMINHO


O sonho de fazer "O Caminho de Santiago de Compostela" não surgiu por um simples acaso.
Se bem me lembro, por volta dos 15 anos eu tive o meu primeiro contato (através de uma revista) de que havia um caminho na Europa, onde pessoas se isolavam de seus mundos e colocavam-se numa peregrinação de muitos dias, mergulhando numa introspecção que os levavam a conhecerem-se um pouco melhor.

Assim é a primeira explicação do escritor Marco Trozídio, para a decisão de percorrer o Caminho de Santiago de Compostela. Essas rotas se espalham por toda a Europa e vão se entroncar aos caminhos espanhóis, sendo o caminho francês o mais famoso. Há cerca de doze séculos, quando os possíveis restos mortais do apóstolo São Tiago foram encontrados no local e deram origem ao que hoje se chama a cidade de Santiago de Compostela, diversos peregrinos partem de vários pontos e vão até o local. Nos séculos XI e XII os caminhos se tornaram ainda mais famosos e voltaram a ganhar destaque nos últimos tempos, sendo declarado o Primeiro Itinerário Cultural Europeu, em 1987, além de ser declarado Patrimônio da Humanidade na Espanha, em 1993 e na França, em 1998.
Muitos escritores já compartilharam, em livros, a emoção de transpor tal caminho. É um ensaio de superação física e acima de tudo, uma busca interior.
Consequência do trajeto de Trozídio, é o livro A FORÇA DE UM CAMINHO, que narra os frutos colhidos durante o percurso que realizou. A exemplo de muitos outros livros publicados após a peregrinação, é mais uma edição que merece uma atenção por todos aqueles que procuram um motivo para se superar.




E assim Trozídio conclui sua explicação:

Felizmente, no mundo, existem pessoas que pensam como eu, existem pessoas que ainda percebem a necessidade de um entendimento maior, de um crescimento interior e, acima de tudo, que ainda partem para buscá-los. Felizmente existem pessoas que fazem "O Caminho de Santiago de Compostela".

O livro pode ser adquirido no endereço abaixo:

Maiores informações:

domingo, 26 de agosto de 2012

ATACIR COSTA

ATACIR COSTA - Carro de boi - Óleo sobre tela - 50 x 70 - 2013

ATACIR COSTA - Pescadores
Óleo sobre tela

Atacir costa nasceu em Belo Horizonte/MG, no ano de 1973. Frequentador de museus, galerias e ateliês, desenvolveu um estilo bastante peculiar em suas pinturas. Através de suas pinceladas vigorosas, o habitual é transformado ganhando força e dramaticidade. Cenas do cotidiano são realçadas com bastante nitidez em suas pinceladas impressionistas. Momentos marcantes são transportados para telas, quase sempre inspirados em alguma referência fotográfica.


ATACIR COSTA - Na bica - Óleo sobre tela

ATACIR COSTA - Chapada Diamantina
Óleo sobre tela

A arte ainda é a melhor forma de expressão do sentimento humano. É essa a expectativa maior almejada nos trabalhos de Atacir, toda vez que se dispõe a criar algo novo. Desde criança, seus pequenos traçados eram tendenciosos, e os desenhos já retratavam o seu amor pela forma acadêmica das pinturas. Na década de 90 iniciou-se o curso de pintura com a artista Márcia Nascimento e anos depois veio conhecer o artista Mauro Rocha. A sua paixão pelo impressionismo era tão grande que ele não mediu esforços em suas idas e vindas de BH à Ouro Preto, pois nesta época o ateliê do Mauro era nesta cidade. Com ele, Atacir aprendeu a se soltar mais, e começou a praticar a tão misteriosa veladura, a partir daí seus trabalhos começaram ganhar um pouco mais de notoriedade entre seus admiradores, e a cada ano que se passava esta admiração só aumentava. Sempre exercendo alguma função paralela a arte, no inicio de 2005, Atacir Costa iniciou o curso superior em Tecnologia da Gestão Ambiental, e mesmo nunca tendo atuado nesta área, os contatos e as influências alavancaram o seu relacionamento artístico com pessoas da alta sociedade mineira. Nesta mesma época, Atacir Costa conheceu o artista JBCampos, que diz ter sido a peça que faltava em seu quebra cabeça, pois eles se tornaram grandes amigos. O falecimento de JBCampos em Junho de 2012, arrancou parte não só dele como também da cultura mineira.


ATACIR COSTA - Moranga e espigas - Óleo sobre tela

ATACIR COSTA - Natureza morta - Óleo sobre tela

Decorrente de uma busca com muito esforço, Atacir Costa tem relacionado com alguns artistas de outros segmentos. Amigo particular do cantor Vander Lee, ele se diz bastante satisfeito com um retrato que executou dele. “Grande cantor e grande ser humano, adoro este cara!” diz Atacir referindo-se  ao Vander Lee.
O cantor Sérgio Pererê, grande promessa ao cenário nacional da música popular brasileira, também está retratado entre suas obras.

Cantor Vander Lee e Atacir Costa

ATACIR COSTA - Sérgio Pererê 
Óleo sobre tela

ATACIR COSTA - Na espera - Óleo sobre tela

ATACIR COSTA - Pequenos jogadores - Óleo sobre tela

Atacir Costa é casado. João Mateus, seu filho, é um de seus principais modelos. Sempre presente em boa parte de suas composições.

Está representado por várias galerias e várias coleções particulares, principalmente de Belo Horizonte, onde iniciou seu mercado.

ATACIR COSTA - Gol de placa
Óleo sobre tela

ATACIR COSTA - Vítor
Óleo sobre tela

Mensagem do Cantor Vander Lee, para o amigo Atacir Costa.

O artista que pinta outro artista, é além de grande artista, uma grande alma.


ATACIR COSTA - Descanso do futebol - Óleo sobre tela - 70 x 100

Sebastião Fonseca, Atacir Costa e João Bosco Campos.

PARA SABER MAIS:

sábado, 25 de agosto de 2012

DUPLA HOMENAGEM

Para mim, Luiz Pinto sempre foi o símbolo de um novo Realismo Brasileiro. Mesmo tendo iniciado sua carreira sob a influência incontestável de Edgar Walter e sua turma, conseguiu imprimir, ainda assim, um ar de modernidade em sua temática. Continuou a pintar os motivos nos quais vivia, mas conseguiu imprimir neles a linguagem de um novo tempo. Diria que talvez seja o artista divisor de águas na representação paisagística brasileira.
Juntamente com João Bosco Campos, conseguiram imprimir um novo frescor à temáticas que já pareciam surradas e desgastadas. Todos nós, artistas da atual geração, devemos uma gratidão impagável pela colaboração que esses dois mestres da pintura brasileira nos deixaram de legado.
Deixo aqui, em nome de todos os artistas, sinceros votos de gratidão, pela excelente referência que foram esses dois grandes artistas de nossa arte. Essa dupla vai fazer muita falta! E que os seus trabalhos possam inspirar ainda muitas outras gerações!

LUIZ PINTO - Ipês floridos - Óleo sobre tela - 60 x 80

JOÃO BOSCO CAMPOS - Retorno do moinho
Óleo sobre tela - 60 x 80

domingo, 19 de agosto de 2012

ALEXEI ANTONOV


ALEXEI ANTONOV - Cesto com rosas - Óleo sobre tela - 60,96 x 76,2

As naturezas-mortas foram pintadas desde a Antiguidade clássica e tiveram sua reputação recuperada pelos artistas do Renascimento. Não é um exercício tão simples empilhar objetos diversos, e com eles obter um efeito visual coerente, que tenha uma estrutura agradável ao olhar e que pareçam ao mesmo tempo casuais, colocados ali de uma forma natural. Esse tipo de temática pode agrupar flores, frutas, vasilhas, animais, instrumentos musicais, livros e toda sorte de objetos inanimados. Já foram representados com um realismo inacreditável, mas também seduziram impressionistas e artistas contemporâneos. Já foram feitos em quase todas as técnicas possíveis e possivelmente quase todo grande mestre da História da Arte já se sentiu seduzido por eles e se aventurou a representá-los.

ALEXEI ANTONOV - Arranjo de flores - Óleo sobre tela

ALEXEI ANTONOV - Composição com castiçal
Óleo sobre tela

ALEXEI ANTONOV - Rosas e maçã
Óleo sobre tela

Um dos atuais artistas, que é fascinado ao método tradicional dos antigos mestres de pintura, ainda mantém uma intensa atividade na produção de naturezas-mortas, que remetem às famosas naturezas-mortas flamengas. Trata-se do russo Alexei Antonov, nascido no ano de 1957 e que pratica arte clássica nos últimos 20 anos. Segundo o próprio artista, divulgar o trabalho clássico aos jovens dessa geração é essencial para conseguir influenciá-los.

ALEXEI ANTONOV - Flores e jarro - Óleo sobre tela

Detalhe

O jovem Alexei começou muito cedo, “atormentando” sua mãe com desenhos em todos os cantos da casa, rabiscando desde as paredes aos tecidos das camas. Sua sede pela aprendizagem de artes não só lhe enveredou pelos desenhos, mas também pelo canto. Como gosta de afirmar, sempre se viu um aprendiz incompleto, mas sempre gostou de transmitir aquilo que aprendia. Esse gosto pela transmissão de conhecimentos fica notório na série de vídeos que divulga pela rede e que leva a sua arte a todos os cantos do mundo. Faz isso de uma forma altruísta, percebe-se.

ALEXEI ANTONOV - Papoulas do Alasca - Óleo sobre tela - 86,36 x 76,2

ALEXEI ANTONOV - Vinho quente e noite de inverno
Óleo sobre tela, detalhe

ALEXEI ANTONOV - Motivo grego
Óleo sobre tela, detalhe

Curiosamente pinta com as duas mãos. Foi assimilando a habilidade ambidestra desde mais novo e a cada dia se vê mais treinado para isso.

ALEXEI ANTONOV - Composição suave - Óleo sobre tela

ALEXEI ANTONOV - Romãs - Óleo sobre tela

Entrou para a Faculdade de Arte do Estado, em Baku, no ano de 1972. Encontrou muito ensino ali que lhe deu suporte para sua formação, mas ainda sentia falta de uma formação mais clássica, abandonada há muito tempo por quase todas as escolas, em todas as partes do mundo. Ainda assim se formou em 1976 e passou a trabalhar na Fundação de Arte e Design, em Moscou. Desenvolvia várias temáticas nesse período, como ainda o faz até hoje. Pintou retratos de políticos e comerciantes famosos, mas são as naturezas-mortas que o promoveram em todas as partes do mundo.

ALEXEI ANTONOV - Flores e urna - Óleo sobre tela

ALEXEI ANTONOV - Uvas - Óleo sobre tela, detalhe

ALEXEI ANTONOV - Morangos - Óleo sobre tela, detalhe

Entre os anos de 1986 e 1990 trabalhou como retratista e ilustrador em agências de notícias russas, bem como se viu ilustrando álbuns e cartazes de grupos de artistas do cenário rock. Contudo, foi a partir desse período, que iniciou um incansável e atento estudo da técnica dos antigos mestres como Rubens, Van Dyke e Snyders. Visitou a Itália, em 1988, exatamente para conhecer e estudar os grandes mestres em diversas galerias e museus. Nesse período, participou de diversas exposições em Moscou. Desde 1990, vive e trabalha nos Estados Unidos.


PARA SABER MAIS:

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

ESTUDO NA SERRA DAS LARANJEIRAS


Na saída seguinte para pintura ao ar livre, decidimos por uma paisagem de montanha, com uma visão panorâmica que proporcionasse uma ampla visão. O dia estava limpo e era possível avistar bem ao longe. Os invernos aqui em Dionísio proporcionam dias muito luminosos e um colorido bem variado na paisagem.
Apenas Juliana e Vinícius pintaram, preferi ficar observando e fazendo mais algumas fotos no entorno do local onde estávamos.
Subimos para uma montanha na região sul do município chamada Serra das Laranjeiras. Foi um exercício rápido, que não passou de uma hora e meia para a execução.





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A paisagem como referência

VINÍCIUS SILVA - Paisagem na Serra das Laranjeiras
Óleo sobre tela
Estudo em plein air

JULIANA LIMEIRA - Paisagem na Serra das Laranjeiras
Óleo sobre tela
Estudo em plein air